Depois de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a vida pode passar por mudanças desafiadoras.

Entre as possíveis consequências, a espasticidade é uma das mais comuns impactando a autonomia e independência do paciente. Com informação de qualidade, adesão à reabilitação conduzida por uma equipe multidisciplinar, além do suporte da rede de apoio, é possível recuperar movimentos, retomar atividades e conquistar qualidade de vida.¹

O que é Espasticidade?

A espasticidade pode aparacer em até
60%
das pessoas que tiveram um AVC. 2

Ela acontece quando os músculos ficam rígidos ou sofrem contrações involuntárias (espasmos), dificultando tarefas simples como segurar objetos, se vestir ou andar.²

Além de limitar os movimentos, pode gerar dor, cansaço e dificuldade para manter a postura ou a higiene, impactando diretamente a autonomia.²

Além disso, a intensidade varia: pode atingir apenas uma região, como mãos e pés, ou comprometer grandes grupos musculares, como os braços ou pernas.²

Por que a Espasticidade acontece?

O AVC muda a forma como o cérebro envia sinais para os músculos.³

Antes do AVC

Os sinais chegam de forma equilibrada, fazendo os músculos contraírem e relaxarem no momento certo.³

  • Sinais equilibrados do cérebro para os músculos³
  • Movimentos coordenados e funcionais³

Depois do AVC

Esse equilíbrio pode se perder: os músculos passam a receber estímulos irregulares e ficam em “alerta” o tempo todo, o que resulta em rigidez, espasmos e dificuldade de movimento.2,3

  • Fluxo de sinais comprometido³
  • Músculos rígidos ou contraídos2,3
  • Movimentos difíceis e dolorosos2

Sinais que merecem atenção

O diagnóstico da espasticidade muitas vezes é demorado, porque a rigidez ou os espasmos acabam sendo vistos como algo “normal” após o AVC, o que atrasa a busca por ajuda.³

Quanto antes a identificação da espasticidade, maiores as chances de melhorar a recuperação.3

Dificuldade para abrir a mão ou mover uma articulação²

Rigidez em braços, pernas ou pescoço²

Contrações musculares involuntárias (espasmos)²

Dor ou cansaço em tarefas simples²

Procurar o(a) médico(a) neurologista ou fisiatra abre caminhos para recuperar autonomia. 3

Diagnóstico e acompanhamento

O diagnóstico da espasticidade deve ser feito por um(a) neurologista ou fisiatra, especialistas no cuidado pós-AVC.3

A consulta consiste em:

  • Ouvir o histórico do paciente
  • Observar seus movimentos
  • Examinar a rigidez muscular

Em alguns casos, exames complementares podem apoiar a avaliação. 3

A demora no encaminhamento ou a ideia de que a rigidez é algo “normal” podem atrasar o início da reabilitação.3.

Buscar atendimento desses profissionais (neurologista ou fisiatra) e conversar detalhadamente sobre os sintomas ajuda a evitar agravamentos.3

Caminhos da reabilitação

A recuperação da espasticidade envolve diferentes profissionais trabalhando juntos.³ Essa rede multidisciplinar é essencial para que o paciente reconquiste sua autonomia.3

Veja as especialidades que podem ajudar na sua recuperação:

Neurologia

Acompanha a evolução clínica e define o plano de tratamento.3

Fisiatria

Reavalia periodicamente e ajusta o plano de reabilitação.3

Fisioterapia

Indica exercícios para reduzir rigidez e melhorar mobilidade.3

Terapia ocupacional

Adapta atividades do dia a dia, promovendo independência.3

Fonoaudiologia

Apoia na fala e deglutição.3

Psicologia

Oferece suporte emocional ao paciente e família.3

Nutrição

Orienta a alimentação para energia e saúde geral.3

Ortopedia

Cuida da prevenção e tratamento de complicações musculoesqueléticas.3

O Movimento Pós-AVC está aqui para reforçar que cada passo importa na sua recuperação.

O pós-AVC é uma jornada de cuidado contínuo.

Com adesão, apoio e reabilitação, é possível retomar sonhos, conquistar autonomia e alcançar mais qualidade de vida.